Poema e desabafos

Todos os poemas ou desabafos são meus, para o bem e para o mal. Contudo, este que está neste post não é meu, é de alguém que eu gosto muito.....ele sabe quem é......

Eu depois pago os direitos de autor, ah ah ah  ;-)

 

 

 

 

 

 

 

Penso Logo À Noite Choro

 

 

Ouro, diamantes, dólares, euros, ienes;

onde estão aqueles valores solenes das lendas perenes?

Amor, coragem, integridade, fidelidade;

parece que, tudo isso, expirou uma espécie de prazo de validade?

Sinto-me tão sozinho junto a esta ferrovia

e deixei-me esmorecer quando menos previa.

Só os comboios parecem saber para onde vão

e tudo o resto é negro como pedras de carvão.

Penso, então, na solidão para dentro

e, quanto mais penso, mais pensamentos esventro.

São montes, ravinas, arbustos, espinhos e pinhais,

num denso labirinto que me trespassa com a agonia de mil infinitos punhais.

" Esquece tudo o que disseste,

Galhos secos de pensamentos quebrados,

estalam com a acidez do lume que queima sonhos prostrados .

Todo o meu interior a arder num incêndio de confusão,

despoletado pela chama da paixão que abafa na desilusão.

Esta minha vida mata-me…

 

 

 

O meu interior está tão encardido.

O meu íntimo tão perdido.

A minha essência enfarta-me.

 

Esta minha vida mata-me.

 

 

as palavras que proferiste trouxeram-te a peste.

Esquece tudo o que sabes,

a tua mente estéril confirma que nada concebes.

Esquece tudo o que sentes,

vem ai a morte que à muito pressentes.

Esquece tudo por que passaste,

esquece, simplesmente, tudo o que pensaste.

Personagem alienígena.

Personagem cancerígena.

Quem és tu, afinal, homem velho;

quem me molha com um olhar vazio desse lado do espelho? "

Tentei esconder-me na virgindade da floresta,

mas não resultou e, agora, nada me resta.

As folhas, levadas pelo vento, dizem-me: "Não há buracos para te esconderes!",

e, eu sei, nunca tive, nem tenho forças ou poderes.

Filósofos e pensadores destemidos,

vocês que se dizem libertadores dos homens oprimidos!

Porque é que não encontro paz nas vossas ideias?

Porque é que até o sangue congela nas veias?!

Deus não me confortaste!

O silêncio que escutei e Tu não falaste!

Como eu orei para que me amasses!

A fé que fingi para que me resgatasses!

publicado por c-alma às 16:01